“O que leva um Ser Humano? Repensar a partir da catástrofe Israel-Palestina.”
de Alix Didier Sarrouy
Será que a única mão estendida é o Hamas? Será que o único futuro de Israel passa pela extrema-direita messiânica? Como podem o radicalismo islâmico e o fanatismo judaico ortodoxo, ambos nas suas versões quotidianas e políticas, ter sido imaginados como o único lugar seguro para construir um futuro? Qualquer um deles propõe a oposição ao Outro, aniquilando-o.
(…)
Tudo está mais à vista, desde a história do conflito aos massacres de dia 7 de outubro, à retaliação cega sobre uma Gaza enclausurada. Também está à vista a falta de poder, ou hipocrisia, da comunidade internacional para um cessar-fogo, para a criação de corredores humanitários, ou para acolher refugiados que ninguém quer, nem Israel nem os países árabes limítrofes.
O efeito borboleta passa rapidamente a encadear um efeito dominó mundial, tanto contra um dos dois polos, Israel ou Palestina, como a favor de um cessar-fogo e de novas discussões pragmáticas para atingir um acordo mundial que estruture a solução de dois Estados. É urgente e universal a necessidade de garantir a vida num lugar seguro, com possibilidades para uma nova geração sonhar um futuro, no qual se considere o Outro e as suas contestações, no respeito pela diferença.
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