Morreu Vítor Bandeira, depois de uma vida longa e cheia de encontros com a antropologia. Intrépido aventureiro, mas também exemplo de calma e zen; contemplador, interlocutor, músico, guardião de memória.
Lembrança antiga, o casal junto ao museu de etnologia que nos acolhia com livros e revistas; eles com uma carrinha de aventuras, deuses e deusas Índia nos vidros, túnicas brancas, calma a toda a volta. Lembrança recente, ele e a sua banda a criar o som e luz da festa com que encerrámos o congresso da APA de 2019 no Capitólio: quem pode esquecer? Lembrança mais recente, há um ano, no seu apartamento sobre o mar da Caparica, a contar como tinham chegado ao Museu algumas das suas peças mais extraordinárias. Tinha publicado um livro, as histórias ficam connosco.
A APA convida quem quiser a juntar-se a nós em memórias, anotações, depoimentos.
(imagem de concerto de Tjak no festival Boom, 2018)