Em concreto. O “património cultural imaterial” no terreno: Expetativas, experiências, perspetivas

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13 de dezembro de 2016, 9h30-16h30

Em concreto. O “património cultural imaterial” no terreno: Expetativas, experiências, perspetivas

13 de dezembro de 2016, 9h30-16h30
Centro Internacional das Artes José de Guimarães
Av. Conde Margaride, 175 -4810-535 Guimarães

Organização: CRIA-Uminho, Oficina

No dia 13 de dezembro, a Oficina e o Centro em Rede de Investigação em Antropologia da Universidade do Minho (CRIA) associam-se para organizar um encontro em torno das questões relacionadas com o património cultural imaterial, que terá lugar no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
“Em Concreto. O Património Cultural Imaterial no Terreno. Expetativas, Experiências, Perspetivas” é o nome que batiza a iniciativa, cuja ordem de trabalhos tem início às 09h30, prolongando-se até às 16h30 com uma visita à Casa da Memória e ao Arraial de Santa Luzia. O encontro conta com a presença de um leque de oradores reputados na área do debate. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas através dos formulários disponíveis nos sites www.aoficina.pt
e www.ccvf.pt até à data limite de 25 de novembro.


A noção de “património cultural imaterial”, instituída há pouco mais de 10 anos, tem suscitado uma grande atenção por parte da sociedade portuguesa. Numerosos instrumentos, projetos e formações, num quadro institucional ou particular, têm tentado responder a este interesse. Estas iniciativas são agora suficientemente numerosas e desenvolvidas para permitir uma tentativa de confrontação das expetativas e das experiências com a realidade que encontram e constroem no terreno.

Que consequências têm as incertezas e os mal-entendidos resultando das imprecisões e ambiguidades da noção que é agora comum reduzir à sigla “PCI”? Como evoluem as divergências entre as aceções científicas, leigas e institucionais do que é o património imaterial? Como têm sido geridas as tensões entre a sempiterna ânsia pela autenticidade cultural e a busca de protagonismo turístico ou a esperança de um aproveitamento económico? Qual é a adequação das estruturas de ação cultural do Estado, das autarquias, das universidades perante as especificidades dessa ainda nova área patrimonial?

Será o tempo longo da investigação científica sempre compatível com as estratégias identitárias e os calendários políticos? Os quadros legislativos e regulamentares portugueses e supranacionais (Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, Convenção da UNESCO para a salvaguarda do património cultural imaterial) favorecem a implementação de políticas patrimoniais públicas coerentes e coordenadas ou fomentam uma competição identitária fragmentada? Qual é o balanço crítico que já pode fazer quem se encontra envolvido nos projetos que suscitaram direta ou indiretamente? Que dificuldades já foram identificadas? Que soluções – ou alternativas – podem ser propostas?

Num encontro que terá a companhia dos sardões e das passarinhas da Festa de Santa Luzia que se celebra em Guimarães a 13 de dezembro, a Oficina associa-se ao Centro em Rede de Investigação em Antropologia da Universidade do Minho para juntar funcionários de instituições culturais, decisores políticos, investigadores, participantes em iniciativas patrimoniais locais, e propor um esforço de reflexão e criatividade aplicadas a uma intervenção etnográfica centrada nas dinâmicas sociais e culturais contemporâneas.

Na conferência participam Frederico Queiroz, Presidente da Direção da Oficina; José Bastos, Vereador da Cultura do Município de Guimarães; Jean-Yves Durand, do Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Universidade do Minho; Clara Cabral, da Comissão Nacional da UNESCO; Isabel Fernandes, da Direção Regional de Cultura do Norte e Diretora do Museu de Alberto Sampaio e do Paço dos Duques de Bragança; Maria João Nunes, bolseira de investigação, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho; Catarina Pereira, Diretora da Casa da Memória; Hugo Morango, Diretor criativo da Folk & Wild; e Marco Novo, do Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto.


PROGRAMA

09h30 Abertura
Frederico Queiroz, Presidente da Direção d’A Oficina
José Bastos, Vereador da Cultura do Município de Guimarães

09h45 Jean-Yves Durand, Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Universidade do Minho: Inventariar, com os pés no chão: avanço rápido ou passo suspenso?

10h00 Clara Cabral, Comissão Nacional da UNESCO:
A implementação da Convenção do Património Cultural Imaterial a nível nacional.

10h30 Isabel Fernandes, Direção Regional de Cultura do Norte, Diretora do Museu Alberto Sampaio e do Paço dos Duques de Bragança:
Património Cultural Imaterial: um novo conceito para uma “velha” realidade…

11h00 Pausa para café

11h15 Jean-Yves Durand, Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Universidade do Minho: Inventariar, entre a espada das instituições e a parede do terreno: “ficha” e “candidatura” – o caso das Festas Nicolinas, em Guimarães.

11h30 Maria João Nunes, bolseira de investigação, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho:
Detentores do Património Cultural Imaterial: o caso de S. João de Sobrado.

12h00 Debate

12h30 Pausa para almoço

14h30 Catarina Pereira, A Oficina, Diretora da Casa da Memória:
Passarinhas e Sardões de Guimarães: o lado explícito.

15h00 Hugo Morango, Folk & Wild – Diretor criativo:
Da recolha etnográfica ao jogo de tabuleiro. O caso dos jogos “Contrabando – Vale do Côa” e “Contrabando – Rotas do Café”.

15h30 Marco Novo, Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto:
Dúvidas e perspetivas na fase inicial de uma intenção de inventariação

16h00 Debate

16h30 Visitas: Casa da Memória e Arraial de Santa Luzia.


LOCAL 

Centro Internacional das Artes José de Guimarães
Av. Conde Margaride, 175
4810-535 Guimarães
E-mail geral@aoficina.pt
N 41.443249, W 8.297915

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO 25 de novembro de 2016

INSCRIÇÃO GRATUITA através do preenchimento do formulário de inscrição disponível neste site

Organização
Oficina e CRIA