BÉROSE – Enciclopédia virtual de história da Antropologia

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BÉROSE – Encyclopédie en ligne sur l’histoire de l’anthropologie et des savoirs ethnographiques, projeto financiado pelo Ministério da Cultura francês e integrado na infraestrutura das humanidades digitais, Huma-Num, é uma plataforma online, em permanente atualização, dedicada à história da antropologia e dos saberes etnográficos.

Fundado em 2006, BÉROSE é atualmente dirigido por Christine Laurière (CNRS, LAHIC-IIAC) e por um membro da APA, Frederico Delgado Rosa (CRIA-NOVA FCSH). Conta com um Conselho Científico internacional, de que fazem parte Nélia Dias e João Leal, também membros da APA.

Os membros da APA são convidados a contribuir para a enciclopédia em francês, inglês, espanhol, italiano ou português. Propostas e sugestões podem ser enviadas para: berose.encyclopedie@gmail.com


BÉROSE assenta em três pilares: dossiês documentais, uma coleção inédita de livros digitais (Carnets de Bérose) e encontros científicos (colóquios, workshops). Os dossiês documentais são relativos a: etnógrafos e antropólogos; revistas etnográficas e antropológicas; instituições antropológicas. Cada dossiê inclui um artigo de introdução biográfica ou histórica e dá acesso a outras fontes em torno do mesmo tema, inclusive fontes primárias digitalizadas, ou ainda cartografias relacionais que permitem a visualização das redes intelectuais e institucionais.

BÉROSE compila o trabalho de investigadores conscientes de que a história da antropologia é infinitamente múltipla e não pode ser reduzida a uma única narrativa – um corpus canónico e teleológico focado em alguns pais fundadores, grandes tradições nacionais ou correntes teóricas. Pelo contrário proclamam uma prática e uma escrita historiográficas que são perspetivadas tanto dos centros como das margens dos loci de produção de saberes.

As fontes e os resultados dos investigadores de BÉROSE são apresentados no Website. Se o enfoque original de BÉROSE foi a história da etnologia em França, hoje o projeto alarga os seus horizontes para incluir todos os ramos da história da antropologia e também para amplificar as vozes e as visões singulares de precursores que foram ostracizados, esquecidos ou deixados nas periferias, como dos interlocutores dos etnógrafos no terreno e dos etnógrafos indígenas, enfim, de todos os que lançaram pontes entre mundos.

BÉROSE procura ser um ponto de encontro de investigadores e estudantes que trabalham no domínio da história da antropologia, unindo e expandindo uma rede de colaboradores afiliados a instituições francesas e internacionais.

Entre 17, 18 e 19 de outubro de 2017, decorre na EHESS e no Musée de l’Homme (Paris), o colóquio internacional BÉROSE ANR VISA, «Années 50 : Aux origines de l’anthropologie française contemporaine. l’inventaire des possibles».

É feito o convite à descoberta dos mais recentes conteúdos online, come sejam os seguintes artigos biográficos. Stephenson Percy Smith (1840-1922): « The Quest for Hawaiki: Life and Work of Stephenson Percy Smith » por Graeme Whimp, School of Social and Cultural Studies, Te Kura Mahinga Tangata Victoria University of Wellington, 2017; W.E.B. Du Bois (1869-1963): « Passionate Doubleness: Genius and Struggle in the Work of W.E.B. Du Bois », por Tracie Canada, University of Virginia, 2017; Ruth Murray Underhill (1883-1984): « Finding Her Voice: the Life and Works of Ruth Murray Underhill », por Mindy J. Morgan, Michigan State University, 2017; Leonid Ivanovich Lavrov (1909-1982): « Engaged with the Caucasus : Life and work of Leonid Ivanovich Lavrov », por Julie Fairbanks, COE College, Cedar Rapids, 2017; Nicolás Armentia (1845-190): « Biographie de Nicolás Armentia, missionnaire-ethnographe de l’Amazonie », por Diego Villar, CONICET, Buenos Aires, 2017; John Arnott (1907-1971): « Biographie de John Arnott, missionnaire et ethnographe du Chaco », por Lorena Córdoba, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires, 2017; Salomon Reinach (1858-1932): «Sous le signe d’Orphée : vie et œuvre de Salomon Reinach », por Rafael Benthien, Universidade Federal do Paraná, Brasil, 2017; Théophile Novis (1859-1933): « Dessiner le Chaco bolivien : vie et œuvre de Théophile Novis », por Isabelle Combès, IFEA, Bolívia, 2017; Melville Jean Herskovits (1895-1963): « Africa and the Americas: Life and Work of Melville Herskovits », por Jerry Gershenhorn, North Carolina Central University, 2017; Fredrik Barth (1928-2016): « L’anthropologue nomade: vie et œuvre de Frederik Barth », por Herbert S. Lewis, University of Wisconsin-Madison, 2017; Henrique de Carvalho (1864-1929): « L’Afrique oubliée : vie et œuvre d’Henrique de Carvalho »; « Rome noire : l’ethnographie maudite d’Henrique de Carvalho, por Frederico Delgado Rosa, CRIA-NOVA/FCSH, Lisboa, 2017; Boubou Hama (1906/09-1982): «”Les leçons du passé africain” : un regard sur la vie et sur l’œuvre de Boubou Hama »​, por Ana Luiza de Oliveira e Silva, Universidade de São Paulo​

Chama-se a atenção para o último número dos Carnets de Bérose, intitulado Le don de l’essai. A propos de l’Essai sur le don de Marcel Mauss, por Fernando Giobellina Brumana, professor emérito da Universidade de Cádiz:

O CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia) acaba de celebrar um protocolo de colaboração com o laboratório francês LAHIC-IIAC (CNRS e EHESS), no âmbito do projeto BÉROSE.